terça-feira, 9 de setembro de 2014

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Uma pobre senhora,
 com visível ar de derrota estampado no rosto,
 entrou num armazém,
se aproximou do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, 
e lhe pediu fiado alguns mantimentos. 
Ela explicou que o seu marido estava muito doente
 e não podia trabalhar
 e que tinha sete filhos para alimentar. 
O dono do armazém zombou dela
 e pediu que se retirasse do seu estabelecimento.
 Pensando na necessidade da sua família ela implorou: 
- "Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver...".
Ele lhe respondeu que ela não tinha crédito
 e nem conta na sua loja. 
Em pé no balcão ao lado
um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém
 e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família,
 por sua conta. 
Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher:
 "Você tem uma lista de mantimentos?".
- "Sim", 
respondeu ela."
- "Muito bem, 
coloque a sua lista na balança
 e o quanto ela pesar,
 eu lhe darei em mantimentos"!
A pobre mulher hesitou por uns instantes 
e com a cabeça curvada,
 retirou da bolsa um pedaço de papel,
 escreveu alguma coisa 
e o depositou suavemente na balança. 
Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu
 e permaneceu embaixo.
 Completamente pasmado com o marcador da balança,
 o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês
 e contrariado disse:
- "Eu não posso acreditar!". 
O freguês sorriu
e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança.
 Como a escala da balança não equilibrava,
 ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada.
 O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, 
tentando entender o que havia acontecido...
 Finalmente, 
ele pegou o pedaço de papel da balança 
e ficou espantado,
 pois não era uma lista de compras
 e sim uma oração que dizia:
- "Meu Senhor, 
o Senhor conhece as minhas necessidades
 e eu estou deixando isto em Suas mãos..."
O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, 
que agradeceu
 e deixou o armazém. 
O freguês pagou a conta 
e disse:
- "Valeu cada centavo.."
Só Deus sabe o quanto pesa uma oração...

de
http://rogeriabreves.blogspot.com.br


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