terça-feira, 11 de novembro de 2014

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"Ainda que se percam outras coisas ao longo dos anos,
mantenhamos o Natal como algo brilhante...
Regressemos a nossa fé infantil."
Grace Noll Crowell


"MEUS LÁPIS DE COR SÃO SÓ MEUS" 

A Lulu estava muito contente naquele dia. 
É que era o dia do aniversário dela. 
Quando ela chegou da escola já encontrou a mamãe preparando a festa. 

O bolo já estava pronto, os brigadeiros, as balas e os pirulitos.
O papai estava enchendo as bolas e a tia Mari estava botando a mesa na sala. 
Todos almoçaram na cozinha para não atrapalhar as arrumações.

Então Lulu tomou banho e vestiu sua roupa nova, que a mamãe tinha comprado para ela. E se arrumou toda e a mamãe botou nela um pouquinho de água de colônia.

O primeiro convidado que chegou foi o priminho da Lulu, o Miguel. 
Depois chegou a Taís, o Arthur e o Caiã e todos os colegas do colégio. 

E ficaram todos brincando no jardim. 

Aí todos entraram para abrir os presentes. 

Depois foram soprar as velinhas e cantar parabéns. 

Lulu gostou de todos os presentes, mas o que ela mais gostou foi da caixa grande de lápis de cor que se abria feito uma sanfona e que tinha todas, mas todas as cores, mesmo. 

Depois que todos foram embora a Lulu foi dormir e ela até botou a caixa de lápis de cor do lado da caminha dela. 

Então, logo de manhã, a Lulu já se sentou na mesa da sala, pegou o bloco grande de desenho e começou a fazer um desenho bem bonito, com seus novos lápis. Aí chegou o Miguel, que veio passar o dia com ela. 

Ele se sentou junto da Lulu e disse que também queria desenhar. 
Mas Lulu não quis nem por nada emprestar os lápis a ele. 
- Os meus lápis de cor são só meus! – ela disse. 

A mãe de Lulu ficou zangada: 
- Que é isso, minha filha? Os dois podem desenhar muito bem. Empreste os lápis para o seu primo!
Mas o Miguel já estava enjoado dessa conversa, e foi para fora andar de bicicleta. 

A Lulu desenhou casinhas e desenhou bonecas e desenhou um pato e um elefante. E pintou todos os desenhos com seus lápis novos e mostrou para a mamãe. Mamãe disse que estavam todos ótimos, mas que ela guardasse os desenhos e os lápis que ela precisava preparar a mesa para o almoço. 

A Lulu juntou todos os lápis, mas, em vez de guardar na caixa, que é o melhor jeito para se guardar lápis, ela botou os lápis em cima do bloco e foi para o quarto, equilibrando tudo. 

Ela foi subindo as escadas, subindo as escadas, até que já estava chegando lá em cima, quando ela perdeu o equilíbrio e deixou os lápis caírem todos escada abaixo. Os lápis rolaram pela escada e foram batendo, batendo, batendo nos degraus.

A Lulu desceu as escadas e viu que todas as pontas dos lápis estavam quebradas. Então ela começou a chorar, que os lápis estavam estragados e que nunca mais ela ia poder desenhar. O Miguel, que estava brincando lá fora, veio correndo apara ver o que tinha acontecido. 

Então ele disse à Lulu: 
- Não chore não, Lulu, eu vou buscar meu apontador lá em casa e eu aponto todos os seus lápis. E ele foi e logo ele chegou com o apontador. 

O Miguel apontou todos os lápis da Lulu. 
Então a Lulu convidou: 
- Miguel, você não quer desenhar comigo? 

E o Miguel veio e eles fizeram uma porção de desenhos, e o Miguel ensinou a Lulu a fazer um automóvel e a Lulu ensinou o Miguel a fazer um elefante. Aí o Miguel ensinou a Lulu a fazer um foguete que voava direitinho. E a Lulu ensinou o Miguel a recostar umas bonecas engraçadas. 

E a Lulu se divertiu muito mais do que quando ela ficava desenhando sozinha...



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