"Tudo é santo onde a devoção ressoa."
Oliver Wendell Holmes
"O burrinho problema!"
Atenção amiguinhos!
Hoje ouviremos a estória:
‘O Burrinho Problema’
Numa bonita chácara,
vivia seu João e sua família.
Como eles gostavam de Mimoso,
o burrinho de estimação.
Mimoso era prestativo,
acostumado a puxar carroça,
e além do mais,
o único animal que eles possuíam!
Mas um dia,
que tristeza!
Precisando muito de dinheiro,
resolveram vender o burrinho.
Zézito correu preparar o Mimoso
para a triste viagem
ou despedida.
Pegou a raspadeira
e pôs-se a escová-lo.
‘Mas...
Que tal um banho?
Pensou Zézito!
Mimoso ficará com o pelo muito mais macio e brilhante! Quanta gente vai querer comprá-lo.
Muito bem!
O burrinho estava lustroso e faceiro
com um lindo cabresto no pescoço!
E assim partiram seu João,
Zézito e Mimoso.
O garoto ia puxando o burrinho
para que este não se cansasse, e ele e o pai
iam a pé.
De repente,
um rapaz que passava de bicicleta,
disse:
‘Será caduquice ou penitência?
Rá, rá, rá... ’.
Seu João achou que o rapaz tinha razão.
Montou no animal
e mandou Zézito puxá-lo.
Andaram um pouco,
e o menino já estava cansado.
Encontraram então uma senhora que,
de olhos arregalados,
exclamou:
‘Tem graça!
Um marmanjo montado,
e o coitadinho do menino a pé!’
Seu João achou que era isso mesmo e, estendendo a mão para o menino, o ajudou a montar no burro. Agora, quem ficou chateado foi Mimoso. Mas... A viagem continuou.
‘Quero ver o que vão dizer agora Zézito!’
Perto da cidade,
viram uma banca de frutas,
e o vendedor gritou:
‘Não sejam tolos!
Querem vender o animal
e vão os dois montados nele?
Assim,
quem vai chegar à cidade será à sombra do pobrezinho!’
Seu João:
‘Tá certo meu filho,
acho que ele tem razão!’
‘Eu apeio,
e você que é levezinho,
vai montado.’
E assim andaram quase um quilometro sossegado.
Porém,
que surpresa ao verem um menino,
curvado diante deles dizendo:
‘Bom dia,
majestade!’
‘Por que majestade?’
Indagou Seu João.
‘Por que,
apenas reis andam assim,
com um criado as rédeas!’
Respondeu o menino.
‘O que?
Criado eu?
Que desaforo!
Desce depressa, Zézito!’
Disse seu João.
E o menino desceu.
O senhor cansado de tanto palpites,
teve outra ideia:
‘Meu filho,
agora é o Mimoso que vai descansar!
Vou carregá-lo um pouco,
e assim contentaremos a todos. ’
E então fazendo o maior esforço do mundo,
pôs o burro nas costas e,
quase caindo,
continuou o seu caminho.
‘Olhem, olhem!’
Que gritos horríveis!
Era um grupo de meninos que vaiavam os nossos viajantes: ‘Uh, uh!
Vejam três burros!
Dois a pé,
e um carregado.
Qual deles é o mais burro?’
Seu João,
irritado com mais uma crítica,
tirou o burrinho das costas dizendo:
‘O mais burro sou eu!
Pois venho dando ouvidos aos palpites de toda gente,
mas vejo que é impossível satisfazer a todos!
De hoje em diante,
darei ouvido apenas a voz da minha consciência!
Zézito,
paz com a consciência
e bola pra frente!’
E...
Já era quase noite,
quando seu João e Zézito
deram meia volta em direção à fazenda,
pois resolveram
não mais vender o burrinho de estimação.
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